sábado, 2 de maio de 2009

Formula 1

Presidente da FIA acredita em sucesso do limite de orçamento
Max Mosley garante ter apoio de 'dois ou três times' e afirma que 'há muito pouca margem de negociação'

O presidente da FIA, Max Mosley, mostrou-se confiante em que terminará prosperando o limite orçamentário de 45 milhões de euros para as equipes do Mundial de Fórmula 1, aprovado esta semana pelo Conselho Mundial. Em declarações ao jornal Times", Mosley afirma que "há muito pouca margem de negociação" e acrescenta: "a mensagem que me chega dos conselhos de dois ou três fabricantes é que, se conseguirem que o cheque que tiverem que assinar não supere os 25 milhões de euros, posso considerar um acordo mais permanente".

Nos últimos anos, as equipes de Fórmula 1 - apoiadas por fabricantes do setor como Honda, BMW, Toyota, Mercedes e Renault - protagonizaram uma corrida orçamentária para conseguir vantagens competitivas na pista, mas, segundo Mosley, isso está mudando com a crise econômica.

Segundo Mosley, o limite orçamentário, que só afeta o desenvolvimento dos carros, pode fazer com que vá mais dinheiro para os bolsos dos pilotos, mas, segundo Mosley, o veículo é "talvez mais importante que o piloto" e, se as equipes tiverem mais liberdade técnica, "talvez o piloto não seja vital".

Embora o teto tenha sido introduzido em um momento de crise na indústria automotiva e de crise financeira, Mosley insiste em que não será uma medida temporária.

"Há certa margem de debate, poderia aumentar ou cair em 2011 e, se a economia se recuperar, digamos, em 2014, pode subir. Pode se ajustar esse limite em interesse do esporte, mas todos têm que competir em igualdade de condições", explica.

"A crise creditícia ainda não bateu realmente na Fórmula 1. Perdemos a Honda, mas a crise de verdade virá na renovação dos atuais contratos (de patrocínio)", afirma.

Em suas declarações ao jornal, Mosley reconhece que o teto pode não ser perfeito e que haverá "zonas cinzentas", mas afirma que a FIA fará um melhor trabalho de vigilância melhor do que a Fazenda quando busca evitar a evasão de impostos.